terça-feira, 17 de abril de 2012

A temperatura e a saturação das cores

A "temperatura" das cores é uma noção metafórica, mas, paradoxalmente, bastante real. Existem cores que parecem mais calorosas e "quentes", outras mais distantes e "frias", e essa noção realmente existe. O psicólogo alemão Wundt estabeleceu a divisão fundamental da "temperatura" das cores, explícita na imagem abaixo:


Como podemos ver, as cores mais "quentes" aproximam-se do vermelho, enquanto as mais "frias" se aproximam do azul. Mas isto não é inventado ao acaso - podemos compreender a psicologia cromática com os próprios elementos da natureza. Por exemplo: o vermelho é visto como uma cor mais "quente" por ser logo associada ao fogo, enquanto o azul, por estar relacionado com o "gelo", é visto como uma cor mais "fria".


Para além das componentes físicas, o próprio vermelho parece saltar ao olho, parece nos aquecer, enquanto o azul aparenta ser uma cor mais pacata, menos destacada, como podemos ver na imagem supracitada. Passamos, assim, para a saturação das cores. As cores que parecem ser mais fortes, ter mais intensidade e luminosidade são, normalmente, mais "puras", ou seja, fiéis ao seu formato original e sem grandes mudanças, enquanto cores mais "sujas" são, normalmente, menos brilhantes. Quanto mais "quente" e quanto maior for a saturação de uma cor, mais parece que esta avança e salta para o olho. Cores como o vermelho e o laranja avançam mais do que, por exemplo, o azul e o verde.



Na imagem acima podemos ver as relações entre cores "quentes" e "frias" e até mesmo a sua própria saturação. É de salientar que na imagem de contraste, as cores mais "quentes" parecem avançar, enquanto as mais "frias" dão a sensação de estar em segundo plano, ou recuadas. É a isto que se chama a "temperatura" e a saturação das cores.

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